Cirurgia por videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma técnica cirúrgica avançada que viabiliza a execução de diferentes procedimentos na cavidade abdominal sem a necessidade de incisões cirúrgicas extensas. Essa abordagem reduz o tempo de recuperação do paciente, minimiza o desconforto pós-operatório, diminui os riscos de infecção, melhora o aspecto estético e permite um retorno mais rápido às atividades diárias.

A videolaparoscopia requer internação hospitalar após uma avaliação clínica e anestésica detalhada, seguindo os procedimentos pré-operatórios padrão da cirurgia tradicional. Com o paciente sob anestesia geral, o procedimento começa com a criação de pneumoperitônio, onde a cavidade abdominal é inflada com dióxido de carbono (CO2), seguido pela inserção de agulhas na parede abdominal e colocação dos trocartes. Por meio desses dispositivos, o cirurgião utiliza vários instrumentos cirúrgicos específicos, realizando a cirurgia enquanto observa em monitores digitais de alta definição.

A videolaparoscopia tem uma ampla gama de indicações, podendo ser usada tanto para diagnóstico quanto para tratamento. Com o avanço tecnológico e o aprimoramento das habilidades cirúrgicas nessa área, quase todas as cirurgias do sistema digestivo podem ser realizadas por meio dessa técnica.

Atualmente, procedimentos comuns realizados por videolaparoscopia incluem cirurgias ginecológicas, reparo de hérnias inguinais, tratamento do refluxo, remoção da vesícula biliar, cirurgia bariátrica, procedimentos oncológicos, entre outros.

O período de recuperação após uma cirurgia videolaparoscópica é estimado em cerca de 7 a 14 dias, em comparação com os 30 a 40 dias necessários para procedimentos realizados por laparotomia convencional. Além disso, os sintomas são significativamente menores, reduzindo a necessidade de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos no pós-operatório. Geralmente, a alta hospitalar é mais rápida, com menor risco e custos hospitalares reduzidos.